Monday, July 07, 2008
Meu nome é Nathalia
Eu estava hoje depois da prova (aliás, contando os vestibulares seriados esse é o 12°, God, i´ll die in the next i´m sure) refletindo sobre uma sensação que eu tenho constantemente, a qual me irrita. É como se existisse dentro de mim milhões de pessoas e por uma anomalia temperamental elas começassem a falar, reclamar, berrar, correr todas ao mesmo tempo me deixando absurdamente sem paciência, com vontade ou de correr ou de tomar uma atitude impulsiva. É, eu sei, isso explica muita coisa. Enfim, meus gnominhos internos são completamente imprevisíveis. Eles não me deixam ter paciência, me fazem odiar algumas situações. Por exemplo: esperar as pessoas (para qualquer coisa); andar de ônibus (mas, como essa parte é uma necessidade criei algumas estratégias eu tento dormir, leio, escuto música, escrevo, como alguma coisa e recomeço a seqüência, quando estou sozinha, óbvio); andar de metrô (outra estratégia imaginar coisas que seriam legais de acontecer, por exemplo, se entrassem um monte de pessoas fantasiadas ou se as estações tivessem nomes de comida e em cada uma tivesse vários tipo da respectiva); entre outras coisas. Enfim, preciso ser controlada, não é? Infelizmente as pessoas ainda não aprenderam a gostar de pessoas que saem gritando por aí ou que chegam atrasadas para não ter que esperar.


“Vamos falar de pesticida
E de tragédias radioativas
De doenças incuráveis
Vamos falar de sua vida
Preste atenção ao que eles dizem
Ter esperança é hipocrisia
A felicidade é uma mentira
E a mentira é salvação

Beba desse sangue imundo
E você conseguirá dinheiro
E quando o circo pega fogo
Somos os animais na jaula
Mas você só quer algodão-doce
Não confunda ética com éter

Quando penso em você eu tenho febre
É complicado estar só
Quem está sozinho que o diga
Quando a tristeza é sempre o ponto de partida
Quando tudo é solidão
É preciso acreditar num novo dia
Na nossa grande geração perdida
Nos meninos e meninas
Nos trevos de quatro folhas
A escuridão ainda é pior que essa luz cinza

Mas estamos vivos ainda
Quem sabe um dia eu escrevo
Uma canção pra você”
Natália, Legião Urbana