Wednesday, October 31, 2007
Também cansada...





Nesses dias cinzentos
me arrependo de querer chuvas de arco-íris
talvez fosse melhor a calma dos amores impossíveis
rolam-se as lágrimas sozinhas novamente
sem ninguém para segurá-las

O problema é a dificuldade em colocar vazio
nas baladas de amores inabaláveis,
esses sempre serão abaláveis,
mesmo que os amantes não saibam a verdade

Hoje existe uma nuvem na sensibilidade
eu já não tenho medo como outro dia
sei que sentirá o mesmo

a verdade é
esses dias cinzentos se tornam vinho
 
Thursday, October 25, 2007
Eu não quero brigar, nem discutir... também não quero ouvir nada além de "você é linda, eu te amo". Então, não vou te ligar e ficar a espera de algo mais. Eu sei que seu mundo não precisa girar em torno de mim. Quando se gosta muito a gente tem achar um equilibrio?
Mas, bem que você poderia adivinhar meu humor e me mandar uma mensaginha que fosse.
Minha vida é tão Precious Illusions da Alanis!



"Você realmente irá me salvar?
Do exato modo que eles nunca me salvaram...?
Eu irei ser feliz?
Quando sua capacidade de cura se acabar?
Você irá realmente me completar?
Então minha vida pode finalmente começar
Eu irei ser merecedora?
Apenas quando você perceber a jóia que eu sou?

Mas isso não irá funcionar agora do mesmo jeito que já funcionou.
E eu não vou continuar com isso mesmo que eu te ame
Uma vez que eu saiba quem eu não sou então eu saberei quem sou
Mas eu sei que eu não ficarei bancando a vítima.

Essas preciosas ilusões em minha mente não me decepcionaram quando eu era indefesa
E renunciar à elas é como renunciar aos melhores amigos invisíveis.

Esse anel irá me ajudar ainda que você apareça como um cavalheiro numa armadura brilhante
Essa pílula irá me ajudar com esses garotos que se vão como água

Mas isso não irá funcionar tão bem do mesmo jeito que já funcionou
Porque eu quero decidir entre sobreviver e ser feliz
E mesmo que eu saiba quem eu não sou eu ainda não sei quem sou
Mas sei que eu não ficarei bancando a vítima

Essas preciosas ilusões na minha mente não me decepcionaram quando eu era uma criança
E renunciar à elas é como renunciar aos melhores amigos de infância

Eu gastei muito tempo olhando firmemente para dentro de mim
Eu gastei muito tempo vivendo apenas para sobreviver"
Tradução da mesma.
 
Tuesday, October 02, 2007
latinos
"FOLHA - Quando conversamos, em 2002, por ocasião do lançamento de sua biografia, "Tempos Interessantes", o sr. disse que considerava a América Latina um "fantástico laboratório de transformações históricas". Ainda pensa assim?
HOBSBAWM - Sim, ainda acho que se trata de um continente em que é possível acompanhar desde o momento em que a natureza foi dominada e as pessoas se estabeleceram até a rápida modernização, industrial e da sociedade, ao mesmo tempo. Algo que em outros lugares levaria gerações na América Latina acontece de modo muito acelerado. Visitei o Brasil pela primeira vez há 40 anos. E hoje observo que o país mudou dramaticamente.


FOLHA - Para o bem?
HOBSBAWM - Deixando de lado juízos de valor... O que me impressiona hoje é perceber que antes eu considerava 40 anos um tempo muito longo na história, e agora sei que cabe numa vida humana. Para um historiador, a América Latina, o Brasil, são lugares onde você pode acompanhar um processo inteiro. Como foi importante para Darwin em relação à biologia, acontece da mesma forma para a história. Mas o que continua sendo um mistério para mim é por que, apesar de seu grande potencial, a América Latina tenha permanecido à margem da história ocidental e aí continua. E é desse modo, também, que está entrando no século 21.


FOLHA - O sr. não vê perspectivas?
HOBSBAWM - Não para a América Latina como um todo, possivelmente para o Brasil."
(Entrevista de eric Hobsbawm a Folha esse domingo)


"Não me lembro de ter despertado de forma tão rápida e lúcida, como na manhã do dia 11 de setembro de 1973.
(...)
Os rumores e o que se ouvia nas emissoras de rádio de Santiago eram confusos, mas esclarecedores: o golpe começara para valer. Apesar de considerá-lo inevitável, fiquei abismado. Em 1964, no Brasil, me ocorrera algo parecido. Parecia incrível que o previsto estivesse acontecendo, de forma tão clara e definitiva.
Acabei saindo de casa, não me lembro para onde. O movimento de carros e de gente era intenso e nervoso. No trânsito, cruzei somente com uma pessoa conhecida: um sacerdote jesuíta ligado à "Iglesia Joven" que nos casara quase seis anos antes, deixara o sacerdócio pouco tempo depois e fora, então, curiosamente meu aluno num curso de pós-graduação. Em certo momento, procurei chegar perto da sede do governo, o palácio de La Moneda. Não foi possível, mas, por volta de meio-dia, da avenida que leva ao palácio, a um quilômetro de distância, pude ver a fumaça do bombardeio."
(Trinta Anos Essa Manhã, José Serra, 11 de setembro de 2003 Folha de São Paulo)




(foto tirada da internet)
Nem tanta ordem e progresso, e mais esforço e igualdade. Não só para nós, pero también para nuestros hermanos de toda la America.